Em greve desde 13 maio, os professores estaduais seguem mobilizados em Santa Maria e no Estado. Na quarta-feira, os docentes daqui aprovaram a continuidade da greve em assembleia. Das 39 escolas da cidade, em 21 há aulas, pelo menos para parte dos alunos, conforme o levantamento feito pela reportagem, quarta à tarde. Dessas, em 11 as aulas seguem normalmente. A estimativa do Cpers local é que cerca de 600 professores estejam em greve e que aproximadamente 10 mil alunos estejam sem aula.
Escolas estaduais estão todas desocupadas em Santa Maria
Na quinta-feira às 12h30min, ocorre, em Porto Alegre, a assembleia geral dos professores estaduais que definirá o futuro da mobilização. Na tarde de quarta, o comando de greve se reuniu com o secretário de Educação, Luis Alcoba, para repassar os pontos da proposta entregue pelo governo e não aceitos pelos educadores na última assembleia da categoria.
Sindicato elabora contraproposta para encerrar greve de professores
Neste ano, a peculiaridade da mobilização dos docentes estaduais por melhores salários e condições para as escolas contou, ainda, com o apoio dos alunos. Cerca de uma semana após o início da greve, estudantes ocuparam mais de cem escolas no Estado. Em Santa Maria, foram oito. Cinco delas foram desocupadas somente na última segunda-feira, após a assinatura de acordo com o Ministério Público e a 8ª Coordenadoria Regional de Educação (8ª CRE).
Corrida contra o tempo
Enquanto as negociações seguem entre governo e sindicato, os estudantes do Ensino Médio precisam correr contra o tempo para recuperar o estudo dos dias sem aula. O professor do Centro de Educação da UFSM Jorge Luiz da Cunha salienta que a greve é um direito legítimo do professor, assim como a educação é do aluno:
Professores grevistas deixam a sede da 8ª CRE em Santa Maria
– Acredito que a mobilização só tem sentido se os professores, quando voltarem ao trabalho depois de lutar pelos seus direitos, sejam extremamente fiéis com os alunos ao recuperar os conteúdos. Cada minuto de greve deve ser recuperado para que os estudantes reconheçam que a educação é um patrimônio público.
Professores em greve fazem ato em Porto Alegre com apoio de estudantes que ocupam escolas
É possível recuperar o conteúdo perdido? Sim. Para o professor de geografia do Totem Vestibulares Helder Vieira, a aprendizagem e o ano letivo já foram comprometidos, mas depende de cada aluno se comprometer a dar continuidade aos estudos durante a greve.
– O estudante que tenha sido prejudicad"
